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Cortejo à Brisa

 
No funéreo cortejo,
Sopra-me a brisa, um beijo...
E toda suave murmura:
“- Vês como é fria a sepultura!”

E ciciando das árvores,
Afaga das lápides, o mármore!
E acarinha o caixão,
Que bem me leva à solidão...

E gira, a meu lado, torvelinho!
E gira à brisa que te fez,
Nos rodopios de um bailarino...

E sopra, enlevado, à lua nova!
E se elevando outra vez!
Sopra enlevada sobre a cova...

(® tanatus - 28/10/2009)
 
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Enviado por Tópico
RoqueSilveira
Publicado: 23/01/2010 13:11  Atualizado: 23/01/2010 13:11
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 Re: Cortejo à Brisa
Soneto negro, muito bem construído. Gostei imenso
Beijo