MULERES DA NAZARÉ (Homenagem)

Uma linda e justa homenagem às mulheres de Nazaré,
praia de lindos penhascos e mar azul anil, seus pescadores e suas companheiras em seus sete saiotes na lida do bem viver.

"A maresia é seu jeito,

o casario rodapé,

os barcos sugerem leitos

da vida, tal como é."

Lindo e significativo.Bjs Lu

As mulheres dos pescadores são, arfemo, tão heroínas como eles, são elas que cuidam da casa, dos filhos, do dinheiro. Pena que este, com as políticas adoptadas pelos vários governantes e a UE, seja cada vez mais escasso e assim se vá perdendo uma fileira essencial da nossa economia ligada ao mar. Gostei, como sempre desses versos trabalhados sílaba a sílaba...

Beijinho
joabreu

Desconfio terem as mulheres de Nazaré a mesma força e encanto que as das vilas brasileiras.Porém, poema belo assim sobre elas: só poeta de muita sensibilidade para escrever. :)
Bjins, Betha.

Que bela homenagem a essas mulheres destemidas,
que olham para o mar com os olhos ávidos de
sobrevivência e respeito.
Beijo, Poeta
Vóny Ferreira

Meu caro amigo Arfemo,

Ao fazer esta justíssima homenagem às mulheres de Nazaré está implicitamente a honrar todas as “Varinas” que de uma maneira ou de outra estão ligadas ao mundo do mar e à dor.

São estas fabulosas mulheres que acolhem nas mãos a labuta da vida doméstica, com a arte das pescas em terra, e por fim, em tempos idos mas ainda recentes, a venda do peixe acarreada pelos maridos.

São estas Mulheres, que embalam os seus filhos no dia em que perderam os seus homens, ensinando-os a amar o mar quando tinham tudo para odiar.

Quanto a poesia meu amigo, já lhe disse tudo, a arte de escrever é sempre Bela quando as mãos gostam da língua de Camões.

Um abraço
JLL

Para lá da homenagem, inteiramente justa e merecida (as grandes homenagem os grandes artista fazem-nas como os pincéis e os poemas, sem o declararem e este poema dispensaria bem o subtítulo, em meu entender), assinalo a última quadra densa de beleza e significado.
Aplaudo.
Abraço

É BONITO. TEM MUITA VIVÊNCIA E IMAGEM. GOSTEI DE O LER E DE PROCURAR UM POUCO PARA VER.
ABRAÇO.
AMANDU

arfemo,
às vezes o meu apreço detem-se em pormenores; no caso, uma excelente imagem e enquadramento:
A maresia é seu jeito,
o casario rodapé
Parabéns,

Abraço,

Paulo

Retrato delicado e subtil de uma comunidade que vai desaparecendo empobrecendo por culpa de alguém, que não entende as "mulheres da Nazaré" e como elas são lágrimas de Portugal. Como sempre gosto muito destes "poemas-pérolas".

Bjo
Sofia

Gostei muito da expressividade das imagens que usou. Destaco: «vagueiam, como respiram», verso que coloca a actividade das nazarenas como algo inerente ao seu próprio ser, e «o casario rodapé», que evoca a costa como moldura desta foto que o arfemo tão bem pintou.

Parabéns!

Beijinho

Arfemo,

Parabéns pelo poema. A iconografia de um tempo e de um mundo que foi do meu tempo, e que já não é, pode não ser mais que uma curiosidade "teórica" para o economista ou para o cientista ou para o político. Tudo tende a ser reduzido, no nosso tempo, a estereótipos e linhas de montagem standard.
Mas é essa dor dos cenários perdidos que o poeta carrega como um injusto condenado a assistir ao espectáculo da mudança (que só por ser mudança logo é erigida a divindade nos templos da alienação).
Indissociáveis dessa iconografia são as personagens, e a humanidade das pessoas que as representaram.

Abraço

(apenas o olhar de um brasileiro que não sabe ainda o muito que é Portugal)

me encanta o povo que preserva seus lugares, suas tradições e suas cantorias. (é uma pena quando em vista de extinção)

me lembro de quando miúdo, minha avó materna, francesa, meu vô era português. ela cantava mais ou menos assim:

'Lavadeiras de Portugal,
lava roupas das criancinhas...'
(não me lembro do restante da cantoria), mas toda vez que fecho os olhos eu vejo a cena.
serão as de Nazaré? - uma saudade!)

e agora aqui, lendo seus versos, cantei-os, como se de uma canção fossem. são belos de qualquer jeito...

lavadeiras; temos cá também. é tradição secular em cidades ribeirinhas, banhadas pelas águas do rio Rio São Francisco.

meu abraço fraterno poeta.
Silveira

Olá caro poeta

Fiquei encantada com os teus versos
suas homenagens são sempre lindas

"Mulheres da areia que são sereias
da beira da água, pode até ser que
o canto que elas cantam encantam
assim o poeta que entrelaça um
poema em festa"

Beijinhos no coração

PS. Não podes imaginar a alegria que
foi encontrar um comentário teu em meu
poema...Obrigada de coração

Você é o escritor que se pode chamar de poeta de verdade. O poema acima, p.ex. é de uma leveza ímpar. Leva-nos a adejar pelas tuas letras.
Quero aproveitar para agradecer o comentário ao meu texto.

Um abraço.

Não poderia deixar de passar aqui.Uma mais que merecida homenagem às mulheres da Narazé e a todas as mulheres de Portugal que, lutam todos os dias para ajudar a trazer o sustento para casa.E destanco
A maresia é seu jeito,

o casario rodapé,

os barcos sugerem leitos

da vida, tal como é.

Abraço

Lindo e sugestivo.
Bj
Nanda

Gostei do que escreveu.
"os barcos sugerem leitos da vida..-" trascende o imediatismo folclórico.
Boa noite e parabéns.