Troco um baú de recordações tristes
por um sorriso complacente...
dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três!
Negócio feito com voce que me lê
Entrego meu coração em lágrimas
por uma simples palavra de amor
e quero por troco um olhar doce...
interessa a você essa pechincha?
Pronto, meu poço de melancolia
é seu por ter lido esse poema
basta declamar-me uma bela poesia
e cruzar as pernas com graça
Tenho a receita para não morrer
mas não serve nem servirá para mim
porque ela é tão simples e impossível
implica em nunca ter que nascer
Meu sótão tem malas cheias de abraços
e um pequeno frasco com gotas
de incomensuráveis saudades:
serão de quem nunca sofreu por amor
A quem apetece uma angústia perdida?
Faço doação de beijos que outrora roubei
e estou leiloando serenatas esquecidas
por temor da violência que periga na noite
Gilbamar de Oliveira Bezerra