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Uma Aventura de Menino

 
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Esta é a historinha vivida por Betinho, um menino do norte de Minas Gerais, Brasil, quando passeava pelo jardim próximo à casa da sua tia Zilá.

No dia anterior, em sua casa, folheando o seu livrinho de ciências, pensava nas grandes aventuras espaciais que poderiam lhe acontecer se conseguisse libertar-se do apartamento que o aprisionava.

Precisava arranjar um meio de convencer a sua mãe (D.Elga), a deixá-lo novamente passar alguns dias com a tia Zilá. Esta morava num casarão avarandado com vista para uma pequena mata cortada por um riacho.

Dias após, contemplando a beleza desse jardim, caçando borboletas – umas azuis e grandes, outras brilhantes como pequenas estrelas, deu um meio sorriso ao recordar-se do truque usado para sair de casa: “Mamãe, disse Betinho, “veja! Minha professora mandou a turma fazer um pesquisa sobre girino”.

“Girino?” Perguntou a mãe, “que é isso, meu filho?”. Ele, cheio de orgulho, explicou:

-Ora, mamãe, é o peixinho que dá origem aos sapos. Eu já vi lá no rio na casa da tia Zilá. Deixa eu fazer esta pesquisa lá no rio da tia Zilá?

Betinho fechou o sorriso, pois lembrou-se de que ainda não realizara pesquisa alguma, porque brincava com as borboletas. De imediato partiu em direção à mata.

Correndo entre as árvores pelos atalhos, tropeçou numa raiz saliente. Nisto, ainda caído, avistou um estranho ser, que, saído do matagal, empoleirava-se num galho de enorme mangueira.

Apavorado, viu que aquilo se aproximava. Pôde então perceber que era de tamanho pequeno, parecia trajar uma armadura verde, de borracha e seus olhos soltavam faíscas.

“Terráqueo... não tenha medo... sou habitante do planeta Verâneo e meu nome é Agente X-WZ. Vim à Terra em missão especial de levar um menino (que é como vocês chamam os iniciantes) para visitar meu planeta”.

E lá foi Betinho acompanhando aquele misterioso personagem mata adentro. De repente, avistou numa clareira, um poderoso veículo espacial de forma ovalada. Era um disco voador. Na porta estava gravado: ZW 13 que era o nome da nave como explicou X-WZ, o habitante de Verânio.

Viajaram sobre as nuvens até que desaparecera o último vestígio da Terra. De lá nosso herói contemplava extasiado a beleza azul e arredondada do seu próprio planeta.

Aproximando-se de Verânio, o menino temeu mais uma vez que algo de terrível lhe pudesse acontecer. Mas aguentou firme, sem querer demonstrar medo, e até disse ao ZW, que estava ansioso por chegar.

Realmente era um lugar maravilhoso. Parecia-se mesmo com outro local que ele já vira. Tinha árvores, borboletas e um riacho. Um enorme animal vinha em sua direção. E queria mordê-lo: Tinha ferozes presas e vinha correndo velozmente.

Betinho já ia gritar para que o tal de ZW o socorresse, quando, para sua surpresa, o animal apenas lhe deu algumas lambidas, então, o reconheceu: era o buldogue da vizinha da tia Zilá, chamado Bubu.

-O que você está fazendo neste planeta, Bubu? Indagou o garoto. O cão não respondeu. Betinho então olhou vagarosamente em torno inspecionando a paisagem. Viu que um pouco ao longe impunha-se o vulto de uma casa. Era a da Tia Zilá. Abaixou-se, pegou a coleção de borboleta, o livro de ciências e, esfregando um doloroso “galo” na cabeça, foi até o riacho para fazer sua pesquisa.

Xenon, o Mentalista.
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Autor
Xenonmentalista
 
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