a carta

há cartas que se extraviam, nunca chegam; outras aparecem sem se saber porquê. algumas batem-nos à porta, quando o endereço é do vizinho de cima ou de baixo ou do lado (dizem que o carteiro toca sempre duas vezes, mas nem sempre o seu toque está atento ao endereço). nos tempos que correm, uma carta com destinatório equivocado, bem que pode ser uma armadilha.

DM

trás o carteiro a arrogância da mensagem. digo eu. que recebo cartas até pela imaginação - sento-me na cadeira dos sonhos. encostada a um pinheiro importado dos países nórdicos e imagino remetentes de todas os continentes - o último era tão grande que o pinheiro dava-lhe pelos joelhos. tudo que dizia era sugado pelo vento - foi a melhor mensagem que recebi - imaginei. construí tudo que queria ler - era um bom carteiro. pena é que está em idade de reforma.

beijo alex

sampaio(r)ego

É o mal das cartas registadas...
Se fosse uma das outras, que não carecem de assinatura, sempre podias escrever na face da mesma: já não mora aqui ou destinatário desconhecido e metia-la entalada no cantinho da caixa do correio para que o carteiro a visse no dia seguinte e a levasse de volta.

Beijo Alex

O destino é feito de incertezas, e nos correios há sempre destinatários trocados...

Bjo

eu gosto tanto de receber cartas, mas agora já ninguém usa
mas esta tua todos os que desapareceram deviam saber o conteúdo...só tu não...
Bjs

Alexis,

Não fui eu que a enviei

Assim, muita coisa se desvanece e/ou se desfaz...

Beijinho

Ninguém envia cartas, agora!...
Apenas mensagens de cartão
para ler (ou não)
e deitar fora.
Pobre coração!

Um abraçooo!
Abilio.