Poemas : 

Sobre o ar

 
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Não esqueça de como era estar com aquele tipo de asa,
voar sem descarrilhar sobre paredes.
Pouco sólidas, verdade, mas ensolaradas, entoadas, amoadas.
Esperar por pouco, partes, passos, par.

Deveria arranhar em temporais, terrenos travessos.
Difíceis certamente.
Certo, porém avesso, irregular impreciso.
Quem os trouxe, lembra? manteve esmo, completo, ciente.

Nesta de incerto, impreciso, quase inconsciente
sabia do risco do salto, da hora do mergulho.
E nem pensou em falhar, falecer as frases ou frentes.
Não esperou o instante. Infante intangível desnudo.

estaria melhor se não tivesse arriscado o voo?
com aquelas asas ásperas, atadas, que mal plainavam?
Mas que escolha teria? além da queda, que parecia certa?


Fabiano Reis




 
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FabianoReis
 
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