Poemas : 

respiração ofegante

 
paredes caiadas de branco
pilares só-lidos ,aparentes
como véus volantes,e móveis:

fujo.

escuso-me entre arcos de pedra
e tropeço por vielas tortas

bato às portas

mas não espero as caras mortas
em perguntas do que quero.

fujo.

canso-me em pernas bambas
em correrias aflitas
sem destino,
só desditas.

explico:
esta respiração ofegante
é um choro com um grito.



cruz mendes

 
Autor
Alexis
Autor
 
Texto
Data
Leituras
2184
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
12 pontos
4
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Amora
Publicado: 24/05/2010 02:25  Atualizado: 24/05/2010 02:25
Colaborador
Usuário desde: 08/02/2008
Localidade: Brasil
Mensagens: 4705
 Re: respiração ofegante
Um choro com um grito.
Perde-se sem dúvida o folêgo no desvão dessa vila chamada angústia.
Deu-me, Alexis, uma melancolia que é a mesma de uma canção assim:
mandei caiar meu sobrado... mandeeeei,mandeeeei,mandeeeei.
mandei caiar de amarelo...
caieeeeei.caieeeei.caiaeeeei...

um beijo


Enviado por Tópico
Henricabilio
Publicado: 24/05/2010 13:22  Atualizado: 24/05/2010 13:33
Colaborador
Usuário desde: 02/04/2009
Localidade: Caldas da Rainha - Portugal
Mensagens: 6963
 Re: respiração ofegante
Como é difícil
fugir dos nossos fantasmas...
Valham-nos os gritos
que se libertam,
libertando-NUS.

Um abraçooo!

_Abílio**