Poemas : 

BALANÇO

 
Que balanço? como balança!
trança solta... esvoaçante,
olhar fincado no ontem
bem aquém do alvorecer
vento silente na sombra
debruçado na encosta
da lembrança meio morna...

Relógio mudo no tempo
silhueta na montanha
sob o sol em agonia
fatia de lua tardia
quarto minguante d’um dia
repetidas badaladas
do sino memorial...

Resgate das pegadas
quase mortas na areia
quase varridas de brisa
da maresia em descaso.
janeiros abundantes
insones...entorpecidos,
exceto, nesse dia!

Pensamentos secretos
razão sucede aos sonhos
mar jorrante dos olhos
coragem evasiva
sentinela do luar
registros intocados
permissivo repouso...

Encruzilhada da vida
curvatura acentuada
do ativo e do passivo
saldo fictício...
codificação reticente...
contagem regressiva
de definição final...

 
Autor
Creusa Lima
 
Texto
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