Apetece-me escrever para ti!
Apesar do risco de não expressar o que sinto
E ainda que receie perder-me entre as linhas tortas e vagas
deste meu coração/labirinto...
Prossigo.
Quiçá, irei divagar ou até chegar à conclusão,
que apenas saiu um turvo rabisco,
inconclusivo, sem sentido da minha mão.
E tal como nuvem que o vento arrasta
irei consentir que se vá e se perca
como caligrafia desbotada saída duma caneta meio gasta...
Mas também pode acontecer que igual a poeta inspirado,
dos meus dedos desvairados jorre um poema de amor...
Fidedigno e narrador da chama que ainda arde,
onde, ainda que peque por tarde
pouco ou nada fique por dizer...
Mas supondo que assim não seja pensas que acaso o lamento?
Claro que não!
Porque se estiveres atento
vais sentir bem no fundo, no “teu dentro”
que minha alma beija o teu coração.