Poemas -> Introspecção : 

O rotineiro poema

 
O meu poema reza o terço
Desde que eu era pequeno
Ainda eu estava no berço
E já o ouvia rezar sereno

Baloiçava na cadeira
Em ritmos compassados
Ficava nisto, a tarde inteira
Enquanto ainda na lareira
Ardiam os ledos passados

Iam pousando as cinzas
Levemente no chão, carregadas
De memórias
Imortalizadas por quem as viveu…

Todos os santos dias se repetia
Com frenético rigor
A compassada correria
Comandada pela clara dor
Que o poema sentia…

Luís Daniel Camões
9/07/2010


Eternamente Luís Camões /António Plácido

 
Autor
camões
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1132
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Junior A.
Publicado: 04/09/2010 19:02  Atualizado: 04/09/2010 19:03
Colaborador
Usuário desde: 22/02/2006
Localidade: Mg
Mensagens: 890
 Re: O rotineiro poema
"Todos os dias, santos, se repetia
Com tal beleza e ardor
Que mal parecia que o sentia,
Dele próprio o fazia, rancor...
De o deixar, fingir que não via."

Mui bueno Poeta, acometeu-me o desejo,
Que falar acerca do meu que me enreda,
Enreda, mas sempre dele, nunca encerra.