Poemas : 

Lágrimas do Mondego

 
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Enquanto o encanto não passa
deixo o rio que me atravessa
e escrevo numa folha de plátano
o destino de lágrimas presas.
Envolvo em asas a memória perdida:
vejo em pormenores a luz da vida
e a sombra do instante.
Quebro a fantasia e parto de madrugada,
encontro nas lágrimas do Mondego
as ninfas da História
que ficou parada.

Mil fontes me rodeiam:
água de amor, de guerra bebidas,
topázio e bohémia.
Qual infante de capa e batina vestidas,
pelas ruas vazias, despidas,
à Lusa Atenas me entrego.
Cidade ruína, futuro de Academia,
de ti caem lágrimas ao Mondego,
de longa História e Roma Antiga,
guardadas no cais, em segredo,
nos olhos de rapariga.

 
Autor
Alex
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Enviado por Tópico
Mel de Carvalho
Publicado: 19/08/2007 23:47  Atualizado: 19/08/2007 23:47
Colaborador
Usuário desde: 03/03/2007
Localidade: Lisboa/Peniche
Mensagens: 1562
 Re: Lágrimas do Mondego
Suponho que ainda não o/a havia lido. Li agora e gostei, sinceramente.
Muito bom!

Abraço de boas vindas,
Mel