Pegadas

que bonito

Há caminhos que são o próprio grito, se ao invés de se abrirem se fecham para a grande comunidade que está sempre e cada vez mais a chegar.
Longe estão os tempos da bonança que era vista como um louvor, pois os louvores são ouvidos por todos os caminhos, mas estes, que agora vejo, são trajectórias que se definem sozinhas sem atentados ao silêncio de cada um, porque já não há silêncios mórbidos, mas sim silêncios cruzados onde até os pensamentos fazem moça, se não soubermos descartá-los e enviá-los para o seu devido lugar.
Quantas vezes me encontro em cada silêncio mórbido e lhes ouço os gritos povoando todas as amostras e ar que são altamente funcionais para quem quer abrir caminhos

Gostei do teu poema, assim como te gosto, apesar de alguns silêncios que calham sempre bem em tempos de Inverno

Beijo

Dolores Marques

Belas imagens a decorar um poema, que passa, mas deixa bem vincadas, as pegadas de uma profunda inspiração.

Beijos

Ana "aquele que grita" anda calado , pára mudo , neste entoar pra dentro a sufocar o peito e a reberverar no estomago há um entretanto de "caminhos transparentes" , "a feroz agitação do mundo" , engole quase tudo , mas essa ferocidade é passageira como as tempestadas e é também de somenos, visto que no meio da gritaria e barbárie encontraste e/ou és "levitando longe do abismo !

Gostei muito da imagem: na sombra das minhas costas não existe escuro, afinal o que somos nós senão as pegadas que deixamos cravadas no tempo?

abços Ana