Sinto fome

Oi!

Essa sensação sempre a nos rondar.
Gostei do seu poema.
Tomei a liberdade de deixar um soneto que fiz e que passa também por esse viés.
Bj.
Frederico.

ANTESSALA

O que dizer desses olhos que eu não vejo
Ou dessas mãos que não tocam meus cabelos?
O que falar dessa boca que eu não beijo
Ou desses pés que não roçam os meus pêlos?

O que dizer desse corpo que eu não sinto,
Dessas palavras exatas que eu não ouço?
O que fazer da bonança que eu pressinto,
Mas que se esvai no hiato d’um soluço?

Não digo nada. O silêncio é meu refúgio.
A longa pausa na pauta d’um prelúdio
Ou antessala desse sonho que não passa.

Se me tortura a pontada do espinho,
Eu sigo e sorvo outro trago desse vinho
Que inebria e transborda minha taça.


Frederico Salvo

Querida, boa noite!

Um dia quando menos esperar você encontrará.

Beijos

Gosto do poema, poetisa.
E "sinta sempre muita fome desta na sua vida"
Abraço.
Pedro