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Meu amor, sei onde estás.

 
Meu amor, sei onde estás.
 

Meu amor, sei onde estás...
Em que mundos,
Em que mundos?
Não nos meus!
Meu amor, espero há tempo de mais
Voltei atrás, avancei à frente;
E nem sinais...
Onde estás? Onde estás?

Cansei-me de viver,
Dançando em a multidão
Que passa na rua;
E eu aqui tão só...
Debaixo da chuva.
Debaixo deste meu sobretudo
Tão feito de tudo
E eu sem ter nada...
Sem ti meu amor;
O tempo não anda;
Dou à corda os relógios,
Mas os ponteiros nem se movem.
Em mim,
À tua procura,
Existem eu’s que morrem;
Nesses meus mundos
Tão perigosos sem ti...

Vou pela estrada,
Caminho tão vazio e sem ninguém
É de noite,
Fecho os olhos,
– Cai a chuva –
A Lua chora;
Com tanta pena que tem de mim;
O relâmpago grita mudo.
E eu abro os olhos...
E são milhares os que olham p’ra mim...
Tão loucos que se riem!
São espelhos são espelhos...
Apocalipses
De um inicio
E do meu fim...
Meu amor... Onde estás?
 
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Blackbird
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