FMI… porque veio!
Lodaçal fétido e nauseabundo
Onde as fezes e os políticos
Constroem o seu mundo,
Onde aqueles que são críticos
São enterrados bem fundo
Longe dos lugares míticos.
Pedaço de chão amaldiçoado
Rectângulo esburacado posto às avessas
A quem já nem vale o fado,
Onde se partem as travessas
Suporte das telhas do telhado
Moribundo e caído às peças.
Com coelhos atados aos cavacos
Ou rosas espinhosas nos púlpitos do poder,
Este país é um depósito de sacos
Com capacidade para encher
De trampa dos ditos laicos
Que se confundem com a dita, a feder.
E o povo, pobre coitado
Cheira a trampa e come os restos
Que o grupo saído do eleitorado
Lhe deixa em vocábulos lestos,
Em palavras lançadas para o lado
Dos tachos instituídos sem testos.