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O Triste Realengo

 
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Hoje o sol acordou mais triste
Da janela do meu quarto pude ver
As pessoas caminhavam apressadas tristes
Parecia algo que quisessem esquecer;

Um corredor rústico e de pouco brilho
Não esperava a tarde o entardecer
Um coração de mãe que salvara o próprio filho
Na dor do parto onde implora pra nascer;

Os rumores rondam a alma de um poeta
O monte das oliveiras ou da Silveira
Do lado de dentro dos muros uma coisa é certa
Há encontros e desencontros como quer que queira;

Tenho sede e me ofereces água por vinagre
Tenho fome e me ofereces sangue inocente
Tenho pecados confessados diante de um padre
Uma carta esquizofrênica doente;

Num rio que corre lágrimas abundantes
Um quadro distorcido de Picasso
Talvez nunca seja como antes
O filho de Manuel Silveira, Tasso...

Aos doze apóstolos á Cristo uma oferenda
No crepúsculo do calvário ceifado antes do tempo
A ti entrego meu espírito Pai antes que me arrependa
No dia 7 de Abril na escola de Realengo.





Marcelo Henrique Zacarelli

Uma Triste Homenagem a tragédia de Realengo.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Abril de 2011 no dia 25, Village Itaquá (SP).
 
Autor
Marcelo
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