A ALTIVEZ NÃO É MINHA PROPRIETARIA (HOMENAGEM A VÓNY FERREIRA)

Linda homenagem.Parabéns aos dois poetas.Naty.

Bom dia Alberto!

Não acredito na saída da Vóny, o tempo será encarregado de incomodá-la quanto aos seus leitores.

Beijo para Vóny.

Rosangela

vejo que a poeta vony será sempre estimada por todos aqueles que verdadeiramente gostam e admiram o seu talento

Linda e merecida homenagem caro poeta Alberto. Todos nós muito apreciamos a poeta Vóny e sua magnífica escrita. Esperemos que ela retorne a postar seus belos textos aqui no LUSO .

Parabéns pelo belo poema que na voz da Vóny maior se tornou...

Abraços cordiais,
ALICE

Meu querido Alberto
Não era preciso de forma alguma esta homenagem.
Afinal... como se diz no mundo futebolístico só faz falta quem está" e sabe que concordo inteiramente com essa tese?
Agradeço no entanto do fundo do coração a si e a todos aqueles que me deixaram as suas palavras amigas.
Jamais esquecerei aqueles que me acarinharam porque se alguma virtude tiver essa é uma delas, o de reconhecer quem me fez bem ou na pior das hipóteses quem se limitou simplesmente a deixar-me fazer o que mais gosto na vida. escrever...
Beijinhos Alberto para si e todos aqueles que comentaram este texto e se me permite deixo um meu
para que meditem.
Até sempre! Vóny Ferreira

Maldita hipocrisia que se fantasia quase sempre de intenções abençoadas por deuses perdidos. E eu que detesto as máscaras e o Carnaval!
Que não esqueço o lírio branco que floriu no bolso do meu casaco, quando a meninice media forças com a curiosidade de aprender os valores de uma vida confusa, onde deparei quase sempre com o contrário do que profetizavam.
Deixas-me falar desse lírio branco?
...É uma espécie de amuleto, sagrado, que guardo na minha memória cada vez mais debilitada. A sua beleza é espelhada pelo sol que desmaia nas suas folhas despreocupadamente. Uma beleza e deformidade que o enfeita, inicio e fim de tudo. Também as flores têm alma. Principalmente este lírio que nasceu num bolso roto onde guardava uma pastilha elástica debruada de terra. A maior beleza desse lírio está porventura nessa junção sincera de quem anseia pegar o sonho pelos cornos de um caracol em busca dos resíduos da chuva.
Sempre que o procuro, vai abafando o cheiro acne dos que vomitam mistelas indescritíveis, muitas vezes por despeito ou por serem muito menos do que deveriam ser, como seres humanos fazendo parte de um abrangente sistema onde é possível viver-se harmoniosamente. Basta aceitar a chuva e o sol, na mesmíssima proporção.
Sabes?
Encontro-o algures, nos caminhos de ninguém. Visito-o descalça, nos momentos em que o meu cansaço se senta na terra árida onde ele agora cresce, instintivamente sabendo que as forças se redobrarão, como um velho sino numa igreja abandonada.

Maldita hipocrisia!

…Um dia como se fosse uma toupeira, querendo esconder-me do vento agreste que açoitava a minha crença, tentei removê-lo daquele oásis desértico.
Desisti quando encontrei debaixo do seu caule profundo e grosso um búzio que um dia se quezilou com o mar, e que teima em suspirar por ondas salinas, como um fantasma que se recusa a partir em direcção à luz redentora.
Todos nós somos reféns da memória…! E da maldita hipocrisia!
Seremos capazes de fugir a essa praga?
...Um lírio branco olhará o sol por entre as nuvens, indiferente ao tempo que lhe resta. O bolso do meu casaco já só guarda as raízes...!

Vóny Ferreira

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Uma bela maneira de homenageá-la. Ela que nos homenageia sempre. Um belo poema na voz não menos bela de Vóny. Sempre quando penso em luso penso em Vóny, uma das poetas que nunca deveria sair. Ficará um vazio e uma saudade como de tantos que se foram.
Deixo aqui um abraço para ambos.