Poemas : 

Quase vinte e quatro

 
Quase vinte e quatro
 
Corre no meu sangue
Um cheiro de veneno.
Vinte e três segundos mais
Sinto um germe
No meu cérebro.
Inquieta, tola, pateticamente
Canhota.
Um tique-taque na boca
Ou no pé, uma mensagem idiota
Atravessando o ouvido
E... Como de tudo duvido,
Egoísmo, possessão, não sei.
Quem sabe é insegurança? ...
Vinte e três e já não sei,
Talvez quem sabe na cama,
Essa coisa vai passar...
Seria bom dormir, sonhar...
Sonhar... Acho... Bom! (...)
Deixo escapar um flagrante
É o inconsciente safado.
Aqui todo enciumado...
Bobo, tolo, a mesma coisa.
Ai quanta besteira!
Ninguém tem nada,
Com nada.
Já é quase vinte e quatro,
Pra que essa confusão... (?)

(03.08.1984).
(Ednar Andrade).


"O Poeta precisamente só o será quando a sua imaginação for além da imaginação do Universo".

(António Maria Lisboa)


http://www.ednardocemisteriodavida.blogspot.com

 
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ednarandrade
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 04/08/2011 04:02  Atualizado: 04/08/2011 04:02
 Re: Quase vinte e quatro
quem sabe não seria... amor?
o amor tem essa maniazinha de se esconder atrás de outros sentimentos...
achei lindo!!
gostei muitíssimo!

beijinhos