Tango... sem Gardel
lua migrante..
Sem nacionalidade
Luz tênue, oscilante
“La media luz de amor...”
Ausência fria.
Céu fechado,
sem teto
Para vôos de Ícaros
Refugiados do calor
Sem asas para sonhar
Um véu negro veste
Seu prateado manto
Crepúsculo interior...
Um sorriso débil
Escancara essa angústia vazia
De obscura idade
Uma tristeza solene
Um silêncio estéril
"Um resto de melodia
Um assobio,
uma saudade"
Lua antes mágica
"Numa rua de amor e de pecado"
Agora vive escondida
Não é cheia, nem nova,
Crescente...sonegação
Migrante, em seus passos distantes
“Tudo a média luz”
Desejos sem lastro, sem pesos
Tango , sem guitarra
Sem Gardel
Rosa Maria Souza Vaz
2009/01/14