Porque não conversamos naturalmente - Lizaldo
Parar 
Ouvir
Sentir 
Reproduzir
Não diga que sou louco
Quando estou sentado
À beira do caminho
Observano fromigas trabalhando
Mostrando que a vida
Se refaz em seus limites
Por só louco
Não vê 
O que tem a dizer
O vento em ventania
Sentarei sempre na mergem 
Para ouvir os reclamos 
Do rio
Impedido de irrigar
Terras errantes
E estranhas
Mirar os campos 
Sentir a soidão do tamanuá 
Em desatino
Quantas vezes
Muito mais que jarro
Bibelo
Dá um friosinho na espinha 
Obeservar 
Sem ignorar 
Outros inquilinos
De iguais importancias 
Na rara riqueza
E beleza do universo
E metamorfose
Sussurremos 
Respirando fundo
Faz sentido
Quando paramos 
Ouvirmos
Vozes roucas
Loucas
Do silencio 
Na mata fechada
Porem desmanchada em armonia
Da relva molhada
Em gota a gota 
Suavisando o orvalho 
Chamando pra conversa
 E quando conversamos
Ouvimos tudo
Do lúdico
Da alegria 
De viver 
O ver a vida
Naturalmente
Em xamego poetico
Em puro silencio
Contactando com tudo 
Por todos os cantos
E lados 
E temos respostas 
No largo
Na janela sem esperança
No cantar triste do passarinho 
Solitário
Na pequena flor silvestre 
Apelando silenciosa 
Olha pra mim 
Fica comigo 
Temos tanto pra conversar
Asas pra voar
Escalar montes 
Viajar distancia
Asas ao desabafo
Assim mesmo
Vigiando florestas 
Pioneiras saúdando 
O vai e vem das palmeiras
O vento solicita
Apela
Vem comigo
Pro embalo
Dança do lobo
Ou do preá catingueiro 
De qualquer forma 
Sou lingua solta 
Sou todo ouvinte
Dessa falar 
Silancioso
Clamando outro rumo
Em armonia
                
Q U E  S E  D A N E  C U S T O  d e  V I D A  - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado 
É todo santo dia
O mesmo recado 
La vem o noticiário 
Com a 
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado 
De Tóquio 
Nasdaq
São paulo 
É dólar que aume...