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DESAFOGO

 
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DESAFOGO
 
DESAFOGO
(Jairo Nunes Bezerra)

O vento frio, penetrante e sucessivo embala-me na minha rede azul, que oscila também.
com o deslocamento de ar à proporção que a tarde avança. Mais uma tarde evaporada.
Logo mais, à noite, já tenho destino certo: Barril 8.000 Downtown, aqui no Rio. Lá, apreciando
os musicais apresentados por cantores variados, sempre sorvo o vinho Reservado, Mabec,
o de minha preferência. Pouco conhecido naquele local, apenas recebo alguns pedidos de.
autógrafos que subscrevo dialogando com as fãs, recebendo de algumas o pedido da
confecção de poema retratando-as. As fotos para ilustração sempre me são entregues.
Hoje, promete ser diferente, pois vários amigos vão prestigiar a minha mesa. São nessas
ocasiões que as inspirações reinam em mim ao ouvir de cada um dos presentes os
recentes acontecimentos, alguns envolvendo aventuras românticas com prazeres e
decepções. Hoje promete, repito, pois virão também lindas mulheres ávidas por conhecer
o poeta que transita pelo Luso-poemas, expondo-lhe poemas apaixonados e envolventes.
Já me encontro aqui no Barril a espera das emoções que vigorarão dentro de minutos,
pois a reunião acontecerá às vinte horas. A minha expectativa foi contrariada: Em virtude
do jogo da Seleção Brasileira transmitidas em todos os bares, muitas pessoas resolveram
assistir a partida esportiva em casa, até os cantores que aqui não se fizeram presentes.
Ausentes também alguns fãs. Valeram os crustáceos e os chopes que lotaram a mesa
do bar. Amanhã, sexta-feira, regressarei a Recife pela Gol. A saudade do Rio já se pronuncia.


 
Autor
Jairo Nunes Bezerra
 
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