Ode ao Amor Urbano

no mais que faço, se consome
a melodia de um piano-alfabeto
em mil coisas cheias de nomes,
em três mil e seiscentos segundos
incertos...

mil e uma noites que viram dia,
risadas em coro de flauta doce,
com-sem ritmo noutra fantasia
gostando de qualquer canção
(fosse qual fosse)...

um tom só em diversas notas
e o melhor é o tom da voz;
e não sei bem se ela nota
mas com o tom ao meu lado
não consigo estar a sós...

(continua...)


Beijo em você, minha Scarlet...
E até a próxima linha que virá (brevemente)...

Adoro você =D

enquanto um dorme, o outro acorda,
qual bailarina e o seu funcionário;
mas não importa estar no horário
desde que pro giro tenhamos corda...

enfim, discutrocando cultura de lua,
criando nódoas-palavras hifenizadas,
quase nunca se entende mesmo nada,
afinal, a minha boca só sabe da tua...

nós misturamos os bichos da nossa fala,
e correm e voam e dormem, enfaunados
numa receita de bolo de viagem na mala
sabendo a sabernada de antes-passados...

(continua... mas se pudesse, "entropia" aqui)

Beijo em você, minha Scarlet!
A próxima linha vem depois do sonho...

O último (mas não derradeiro) poema é mais do que os outros...
Tem até título!

Às Vezes

no não e no sim, o é ou não é,
eu ando torto num labiríntimo!
e ando pra frente pé ante pé,
e ando pra trás só o mínimo.

loucura, insensatez? talvez.
se gosto? está claro e óbvio:
me faz me sentir vivo toda vez
(me deixando um pouco ébrio)...

e me sinto um incluso ou intruso
naquilo que não era meu plano!
consegue me deixar tão confuso...
por isso adoro esse amor urbano.

minúsculo, como sou, tranquilo, como sou...

Surpreso, como sou... com você.

Um beijo em você, minha Scarlet.

No castelo um baile selvagem sem hora para terminar, enquanto a lua fria desiste daquela orgia animal tirando da frente seu manto negro e antes de partir os vê serem descobertos pelo sol. Tudo em uma página riscada pelo grafite rebelde bailando como uma bailarina nos dedos encantados da poesia...Lendo sua poesia e meditando....

Gostei.