'Ah, teus' olhos...
No templo
do beijo
estelar,
a nuvem
dança...
nos seus
olhos
de altar.
Santa
dos lábios
de mel,
dos sábios
desejos
de maçã,
o céu
da sua boca,
tem a febre
terçã
dos anjos.
E chove
água benta
nos arranjos
dos meus
poros áridos,
colorindo
meus acenos
pálidos,
com a sua
saliva.
Deusa
que pulsa,
na carne viva
de mim,
no confim
de um mundo
aprisionado,
pela desilusão
que me corrói
tudo!
Há meu amor
endeusado,
que fixa
as pupilas
e grita mudo,
no templo
dos olhos
seus:
Te amo!
...'há teus'
olhos divinais,
que não
acreditam
nos meus.