Há uma sombra
que me segue o rasto
de um lado para o outro da margem…
Olhar desfocado
caminha pelas folhas secas
caídas do meu manto…
O bosque chora
nas brumas
com a silhueta
vestida de chão!
Estendo o olhar
para a frente se alongar
onde o verde das árvores
é Primavera…
Acaricio-o o vento
com ele partilho o segredo
do medo que não sinto!
A noite é sono do dia
o sinal que me alimenta…
Os círculos morrem
após as cordas queimadas
de uma mata em cinza…
O rasto é agora
uma penugem de nada!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...