Poemas -> Infantis : 

Pinheiro

 
o raminho plebeu
era dádiva preciosa
da árvore generosa
que o Natal escolheu

dependuravam-se risos
e rasgados sorrisos
de feliz brincadeira,
e a alegria verdadeira
que o envolvia
brilhava em tons
de sincera alegria

agora depende
da industria do plástico
já só se acende
com luz eléctrica

na montra entristece
uma sombra fria
que já não me aquece
como em menino, fazia.

 
Autor
Paulo-Galvão
 
Texto
Data
Leituras
1195
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
15 pontos
7
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Marco
Publicado: 20/12/2011 23:25  Atualizado: 20/12/2011 23:25
Da casa!
Usuário desde: 18/03/2008
Localidade: Leiria
Mensagens: 213
 Re: Pinheiro
Gostei de ler!
É um pouco o reflexo da artificialização de tantas coisas que por isso perdem o encanto.

Parabéns!


Enviado por Tópico
(re)velata
Publicado: 21/12/2011 22:26  Atualizado: 21/12/2011 22:26
Membro de honra
Usuário desde: 23/02/2009
Localidade: Lagos
Mensagens: 2214
 Re: Pinheiro
Penso que, apesar de tudo, no meio dos pinheiros artificiais, ainda há-de haver lugar para um Natal autêntico, se ele for vivido por dentro.
Parabéns pelo poema-reflexão! A mensagem não é tão infantil como isso...


Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 10/01/2012 00:27  Atualizado: 10/01/2012 00:27
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 17925
 Re: Pinheiro
Contemporâneo e verdadeiro, temos
que encontrar a simplicidade novamente.
bjs Paulo e um 2012 repleto de poesia pra ti


Enviado por Tópico
Volena
Publicado: 22/05/2013 21:03  Atualizado: 22/05/2013 21:03
Colaborador
Usuário desde: 10/10/2012
Localidade:
Mensagens: 12485
 Re: Pinheiro
É bonito o poema, gostei muito. Acabou-se a ternura do Menino Jesus no presépio, porque o pinheiro era um complemento para se enfeitar de luzinhas e pôr as prendas. De facto tudo se vai perdendo e estamos na era do plástico, isto é o progresso ...
Um abraço, Vólena