Dançam leves bailados onde o suor é o vinho cachos negros e dourados num espremer de mansinho. Levado o engaço p’ra o lagar e colocado em finas camadas entre as esteiras a chorar lembra lágrimas derramadas. Enorme tronco de madeira o bagaço aperta lentamente que em camadas na esteira se aconchega suavemente. Colcha rubra e brilhante reveste o lagar inteiro, escorrendo gotejante como sangue verdadeiro. Corre o vinho para a dorna num melodioso gorjear, sobe o odor que o torna divina bebida d’encantar.