.
Demoram-se a ir
porque têm paciência
de esperar
a morte inevitável.
Árvores,
cheias de memórias
de caule
e tronco
e folhas
que presentes, verdes
que passadas, secas
retiradas por capricho
de vento vil
ou assovio de orixá.
Rachaduras
e sulcos,
vias de navegar
de artrópodes,
insetos,
astronautas,
porque quase tudo é extra
e a imensidão é maior
para os pequenos.
Fico minúsculo
diante da árvore,
diante do diamante
rígido e bruto
que é a (r)e(s)xistência
da verdosa.
Overdose bucólica,
cólicas de oxigênio,
ar respirado,
dado pelas mesmas.
Mistérios.
Poderes.
Memórias.
Ar de encher-me
gente
e dendrólatra.
.