A palavra já despiu a gravata

Há coisas que devem ser ditas, também no mundo da literatura, particularmente no reino da poesia, por muito que custe aos ditos eruditos. O talento não se aprende nas faculdade...nasce com que nasce, mama-se um pouco na teta da mãe e depois...vai-se burilando nos socalcos da vida, caldeado pelas paixões e fortalecido nas crenças. Um abraço.
hAp

Querido poeta

Quanto tempo heim??
Gostei e gosto da sua
forma de escrita...
Já despiu mesmo...

Um beijo no coração

"A palavra já despiu a gravata" - Que bom!

Gostei!

Beijo

continua assim tão bem ,a despir e a vestir as palavras com a tua escrita.

Beijos A-mar.

Estava a ver que não. Tu que já não escreves, vai a coisa... e de repente...despes a gravata.
Ou este é das rodinhas?
Excelente Zé. Gostei muito do soneto.

Meu querido J,
A palavra verdadeira nasce nua, despudora e tantas vezes vestida apenas da rebeldia do seu grito. Tantas vezes enforcamos a palavra num nó de gravata e medimos seu valor nos títulos que carrega.

Adormece a língua,
Mas não dorme
A palavra.
Vigia em noite escura
E cava com suas mãos,
Sem dedos,
Brancas e puras,
Na lavra escura,
Ronda segredos,
Liberta de medos,
A palavra se recusa
A vestidura
Do corpo humano.

Adorei o soneto,
Sandra.

AS GRAVATAS POR VEZES SÃO INCOMODATIVAS, MAS ESTAS SUAS BELAS LETRAS PREENCHEM UMA REALIDADE DE NOSSOS DIAS, BELO POEMA, ADOREI.

O talento nasce com a pessoa. Mas há coisas que se podem aprender. Acha que Luís de Camões seria o poeta que foi se não tivesse feito os estudos que fez? Eu pessoalmente acho a métrico algo fabuloso. Unir a matemática à língua para formar versos de um ritmo assombroso. De qualquer maneira, os versos em branco tem um encanto especial também. Usando métrica ou não, é preciso muito talento para fazer um poema. Mas não só. A poesia é uma arte, e até certo ponto, pode ser ensinada.

Palavra"autêntica senhora".Já não senhoras como ela.
Á senhorara palavra.
É lindo.


Beijos de sempre

Pois. pois...e ainda bem! Ou mal? Sei lá!!! Mas gostei de ler o que escreves! E então o poema inserido no comentário ao poema da difamação do poema está o máximo, presumo que seja teu, parabéns! Abraço