Poemas : 

Alimento para o povo - Versão II

 
Por um pedaço de pão,
O mundo como conhecemos
Transfigura-se.

Os nossos actos reagem ao sabor das marés.
E como a maré
Vai e vem
Com os gestos das nossas decisões.

Por um pedaço de pão,
Salva-se alguém,
Prende-se alguém.


Por erros passados
As marcas ficam marcadas na pele
E não deixam transparecer a verdade do acto do erro.

Justificar o correto,
No meio da escuridão reinante de Éris,
É difícil!


E a maré avança,
Para que outros possam seguir em frente
Pelos nossos actos de amor, coragem e perdão
Como sementes de ações nos campos de cereais.

Searas cheias regadas com as orações de crescimento
Aos sonhos das gerações vindouras de um povo...

Sonhos de trigo dourado,
Carregados de esperança e ambição e amor,
Alimentam o Futuro com novas possibilidades.

Como qualquer seara,
É preciso estar atento
Às pragas de quando as surgem.

Gafanhotos elegantes
Com carisma de lábia curta e assertiva
São guias cegos da desventura.
São comandantes de lemes
De naus desgovernadas
Perspicazes em desnutrir os sonhos das gerações
Tornando-as vãs e perdidas no ermo da miséria.

Governadores desfazedores de sonhos
É o que não faltam por aí...
Agora…
Os fazedores de sonhos,
Esses fazendeiros de Futuros,
Esses sim, são raros...

E se, por mero fortúnio,
Encontrares com um deles
Em tua efémera existência
Inspira-te com as suas palavras,
Alimenta-te com o seu pão,
Cria essa seara de luz.
Para que não haja mais erros de passados,
Nem pão que origina discórdia
Nem marcas que não divulgam a verdade.

Sê voz de mudança
E faz-te ouvir!


Por vezes basta só seguir a voz da mudança
Divulgada pelo Vento acariciador das searas dos sonhos
Para nascer um novo rumo, uma nova esperança.


P de BATISTA

Apresento uma segunda versão.
 
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Batista
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