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BAILE CIRCENSE

 
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BAILE CIRCENSE


A esfera em branco rola
De pé em pé a esfera em branco rola
No prado verde a esfera em branco rola
Corre o centro em branco, as laterais que também projetam-se
Cada uma sublinhada por uma linha em branco
Mas seu fado é parar de rolar no fundo duma rede em branco
Sustentada por um quadrado em veio branco
Embora as vezes também possa tudo terminar num vazio em
Branco

Dualidade sentimental provoca:
Alegria em diverso fragor demonstra
Tristeza linear escorrendo do espelho d’alma


No entanto enquanto estamos
Presos nesse quatrienal campo de sortilégios
Parecemos não sentir as dores causadas pela fogueira da perspicaz
Quão mais atroz opressão
Que a cada dia mais um pouco nos enterra numa cova profunda
De insipiência ciosamente cozida em água de engenho e edificada
Em solo fértil de malsã sugestão
Ah, a esfera em branco rola:
Rola o placar que anuncia a nossa glória:
Glória que nos proporciona o sarcástico gosto impalatável
Da derrota

gavetadoautor@uol.com.br







 
Autor
jessé barbosa de oli
 
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