Respiro poesia por todos os poros. Tenho um bâton de noite não correspondido a afagar-me os cabelos.
No ouvido direito tenho um mar de peixes, no esquerdo um búzio.
No peito uma falésia, que de tão escarpada me provoca arritmia nas palavras. Uma, depois outra.
Em todas sou como uma estrela que caiu do céu num copo e foi bebida por alguém que nunca percebeu o estranho ritmo das marés.
Por causa disso, a noite não deixou de ser noite, e um sorriso que não se deu a quem se amava, não pediu licença ao porteiro dos sonhos para ser só poema.
O meu verdadeiro nome é José Ilídio Torres. É com ele que assino os meus livros.
Já publiquei 12 obras em géneros diversos: crónica, romance, conto e poesia.
Foi em 2007, aqui no Luso, que mostrei pela primeira vez.