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Ilusões descoloridas

 

Sinto na minha pele o respirar da nostalgia
que o vento sopra indiferente
à saudade que me contrai os poros,
Afluem-me secas e cansadas as memórias
dos momentos floridos, em canteiros de ilusões,
que o tempo secou
na ausência de afectos,
pelos caminhos árduos, de escombros
que a vida inventou!

As ilusões agora estão descoloridas e murchas
esbatidas por ventos sem voz
que calaram utopias,
O presente é folha seca, moribunda
esvoaça sem rumo
por atalhos escuros de apatia
suspensa em ramos de monotonia!

Talvez encontre entre as nuvens,
um novo jardim, onde floresçam raras flores
de cores vivas e perenes,
que cantem a desejada mudança
tragam alegremente nova esperança.

José Carlos Moutinho

 
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zemoutinho
 
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Enviado por Tópico
Volena
Publicado: 29/06/2013 09:31  Atualizado: 29/06/2013 09:31
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 Re: Ilusões descoloridas
É muito bonito o poema, gostei mesmo. A esperança é a última coisa a morrer... Vólena