Poemas : 

"humanae gloriae"

 

“ Tu, que no val feliz, aonde as graças
E as palmas de Cipião colheu da glória,
Quando Aníbal vexavam só desgraças,

Mil leões apresaste por memória;
Que, aos irmãos se ajudaras na alta guerra,
Se crê triunfo registrasse a história.”

A Divina Comédia - Inferno Canto xxxi





Confusos, permaneciam tão presos no ar gritos,
nada parecia ser possível numa realidade difícil.
Sempre foi um número, mas bem vivo e denso,
e dizia contínuo como importante era a sua vida.

Vezes pensava estar morto, era somente vagido,
vigília só, entre rubis e esmeraldas nos jardins.
Digo que não dormia, estava suado em demasia,
errava em passos pequenos lonjuras sem número.

Depois, madrugada desponta o dia devora sonhos,
ajustando das pontes eixos do passado ao porvir:
- remanescente a honra no fundo dos olhos jazia.

Sobre espadas de sangue do gume a ferir um dia,
só um ultimo olhar sobre a cidade não demorou,
encravado contudo, no deserto de humano preito



 
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shen.noshsaum
 
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