Levei as palavras
ao estendal, para o vento as secar,
estavam molhadas,
quando caíram do olhar...
Levei também, para a varanda
os pensamentos
na esperança, que as brisas
lhes dessem outro sentimento...
Corri o olhar, pelo horizonte
com os lábios secos
na garganta travada, em mil pedaços...
Os poemas,
esses levei-os até ao jardim das memórias,
por lá os deixei, nos canteiros das rosas
numa lápide sem nome,
onde os escritos morrem
no vendaval, que a tempestade
deixou, sem a minha vontade...
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...