Poemas : 

DESAGRADO

 
Tags:  poesia contemporânea  
 
(Jádison Coelho)

Desagrado:
Estou inflamado
E minha língua presa na máquina de escrever.

Desagrado:
A minha verve é ainda maior,
O meu pudor é de sempre estar nu e só
Lascando o pau em quem ondar tirar
E no alto clã se posiciona.

Desagrado:
Pela missão de um diabo morado no meu pulmão,
Que respira sabão
Entupindo a narina do que dizia.

Desagrado
Porque sou a verme caseira no labiríntico reto
Ovulando...Ovulando...Ovulando...
E a mim pouco importa se nisso está a merda de poesia.

Sendo um miserável que ainda
Mesmo leproso de cruas palavras escreve
E morre defecando a cada dia,
Sou tragável, sou um desagrado pelo beijo dado
Nas mãos, olhos, boca, tripas e escrotos
Dum íntimo cigarro,
Dum Mestre Sexual: Gregório
De matos e guerra vã.

Publicado na Antologia Literária 10- Literacidade- Belém do Pará.
https://www.facebook.com/pages/J%C3%A1 ... o/565206540184968?fref=ts

Publicado na revista de arte e poesia contemporânea Mallarmargens:

http://www.mallarmargens.com/2013/11/ ... as-de-jadison-coelho.html
 
Autor
JádisonCoelho
 
Texto
Data
Leituras
649
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.