Frio ,gélido, obscuro

Bem pensei ser um desafio a mim fazer um poema assim
frio, gélido e obscuro...
gosto de desafios, a vida me ensinou a lidar com eles, então eis o que penso...

A escuridão contrai meus ossos nesta fria rua onde almas perdidas vagam entre a luz e a escuridão!
Mentes poluídas pela raiva que perdem sua gratidão
Não se perdoam, somente ignoram a sua especie já em extinção...
Famintos não de pão, nem sede de água, pois suas mentes tomadas pela dor do abandono de seus entes tão queridos, hoje esquecidos...
Eu olho para os lados nada vejo, só o
vento cortante que penetra minha mente, não consigo pensar, só um sentimento de piedade
me toma, e eu desejo correr, sair dali, o obscuro lugar me traga, mas sou gente decente,
tenho em mim a luz, ela me conduz...
Abro os olhos que ainda cegos me fazem enxergar o que antes não via, falta amor, falta o ar
Tenho compaixão, pego em uma mão que me alcança, sinto paz, e aquecendo meu corpo, que volta a andar, eu sei foi apenas um sonho, ou melhor, um pesadelo...
Mas me fez refletir, esse é o gelo de quem nunca soube amar...

Muito bom o que escreveu

Abraços
Nanda