Sou cavalo selvagem
Sem prumo e sem rumo
Vagueio p'elos lavrados
Num Roraima longínquo
Sem eira, nem beira...
Sem dono de mim
Vivo assim...
Na liberdade infinda
Para na imensidão verde correr
E sem destino viver...
Na nomadez de meu destino
Estarei sempre a descobrir
Novos El'dourados
No campo ou lavrado sem fim...
Sou bicho do mato
Sem crina adornada
Sem curral,
Sem laço,
Sem cela e nem montaria...
Seja noite e/ou seja dia
A liberdade é a minha companhia
Na vastidão do mato verde
No vento que balança minha crina
Sigo a extensão do capim
Nas madrugadas cruviana...
Sou de Roraima
Sou chão,
Livre na imensidade
Meu universo
É a liberdade sem fim,
Sou cavalo negro
Da crina dourada...
Sou selvagem sem doma
Sou verso,
No reverso do Monte verde
(Monte Roraima)
Sem medo...
Selvagem é o meu nome.
PS: Cruviana (a brisa da madrugada)
Ray Nascimento
Ray Nascimento
éh assim que chamam
minha Raynha.
A ela chamo de MÃE
minha vida
nem mesmo
sei se eh minha
eh por ela que eu vivo
motivo da minha alegr...
Há algo em sua essência que me agrada,
Me acalma, me diverte.
Caio F. Abreu