Nuvens despojadas de tempo
No silencio vejo o teu sorriso
Talhado de riso em meu olhar
Voando na rota do vento
Vislumbrando o horizonte
O azul do céu e o verd'mar
Da insônia que me deixa dormir
No teu colo aquecido
Nas plêiades que aparecem
Com a aurora boreal
Na lapide d'alma
Fenecida e resguardada
De sentido
Deixando habitar
Teus dedos curtos
No corpo dantes silenciado
De mistérios do espelho
A fuga da luz do olhar
No solstício de palavras
Pendurando letras adestradas
No varal d'alma no ar
Que alimenta o corpo
Furtivo da escrita
Que dedilha o desejo
Sem pejo,
Renovo-te
No rio que inunda de desejo
Em gotículas de orvalhos
Nas mãos as tintas
Que pintam teu corpo nu
Na memória da m'pele.
Ray Nascimento
Ray Nascimento
éh assim que chamam
minha Raynha.
A ela chamo de MÃE
minha vida
nem mesmo
sei se eh minha
eh por ela que eu vivo
motivo da minha alegr...