Poemas : 

Cartas de Amor

 
Podia falar de tudo
podia falar de nada
olhando para ti.

Podíamos ser dois em um,
multi funcionais,
fugindo ás trivialidades,
carinhos e amassos,
seriam apenas preliminares.

Poderias ser a Cinderela
e eu o príncipe encantado,
tu a bela
e eu o monstro,
como nos filmes de criança,
ou então dança
e mata-me levemente
com beijos suaves,
deixa os entraves de lado
e canta-me um fado
doce como um rebuçado.

Fala-me mansinho
ao ouvido
e derrete-me por dentro,
que eu deixo a porta aberta,
fecho as cortinas
e apago a luz.

Procura-me nas esquinas
das ruas,
nas fases da lua,
procura-me até me encontrares
e gostares.

Não te arrependas
e vem
desvendar mistérios,
ver os prédios crescer,
fazemos faisca,
magia se for preciso.

Procura-me nos jardins
sem fim,
tipo labirinto,
que eu digo-te o que sinto,
não minto
e confesso
deixo-te o mundo do avesso,
com um sorriso travesso
incendeio-te a paixão,
deixo-te perdida
a deriva
conquistando-te o coração.


Nascimento

 
Autor
T.Nascimento
 
Texto
Data
Leituras
1030
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
10 pontos
2
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Manufernandes
Publicado: 27/05/2014 22:57  Atualizado: 27/05/2014 22:57
Colaborador
Usuário desde: 09/12/2013
Localidade: Lisboa
Mensagens: 3827
 Re: Cartas de Amor
Que lindo!
Favorito.
Cada vez gosto, ainda mais, dos seus poemas.
Este está "exuberante".
Obrigado!
Abraços
manu