Poemas : 

RABISCO DE POEMA II

 
ela veio nua e trouxe nas mãos
uma taça vazia.
os olhos ausentes de luas,
refletiam infernos encarvoados

nomeou-se solidão,
dama calada e de aura fria,
em pose de dona das horas
tocou-me os lábios
com algo amargo e gelado.
meus sentidos estremeceram...
enregelaram.

postulei calor
de agasalho.

as mãos desmotivadas
se estenderam pro parceiro,
envelhecido e cansado, que
sempre fica ao lado.

com certa pena,
vesti-me com o desgastado
casaco de palavras.

pra me aquecer da solidão,
ele sempre vem a calhar


Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.

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Autor
MarySSantos
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/06/2014 16:36  Atualizado: 26/06/2014 16:36
 Re: RABISCO DE POEMA II
Mary,

Tua poesia enterneceu meu coração...

Que belo!

Eu te agradeço pela partilha!

Beijos,

Anggela

Enviado por Tópico
RayNascimento
Publicado: 26/06/2014 17:14  Atualizado: 26/06/2014 17:17
Membro de honra
Usuário desde: 13/03/2012
Localidade: Monte Roraima - tríade fronteira Brasil/Guyana Inglesa/Venezuela - - Amazônia - Brasil
Mensagens: 6541
 Re: RABISCO DE POEMA II
No carvão da letra molhada de solidão
Clamam no silêncio
Com o agasalho de palavras
veste-as de uma externa beleza
No cenário imaginário (introspecção)
Desnudas as letras chamuscada
De pó de estrelas.
Belo poema inda falando de solidão
Você MarySSantos é um showww de poesia.

Ray Nascimento


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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/06/2014 18:06  Atualizado: 26/06/2014 18:06
 Re: RABISCO DE POEMA II
Beleza Mary um texto ternurento

Abs

Enviado por Tópico
Odairjsilva
Publicado: 26/06/2014 18:20  Atualizado: 26/06/2014 18:20
Membro de honra
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Mensagens: 5055
 Re: RABISCO DE POEMA II
Mais um lindo poema rabiscado no nosso coração. Amei! Parabéns pela inspiração!!!

Enviado por Tópico
rosafogo
Publicado: 26/06/2014 19:29  Atualizado: 26/06/2014 19:29
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Mensagens: 10439
 Re: RABISCO DE POEMA II
Ás vezes as palavras mesmo gastas ainda assim nos servem de consolo, e a solidão fica menos fria, ela que às vezes é um demónio
Belo o teu poema, uma terna criação
Gostei Mary

bj.