[Olhos pintados]

Uma fantástica teoria Keithrichards, em poucas palavras:

"ninguém é propriedade de ninguém"

Quis perceber assim seu cantar.
Mas a propósito desses " [Olhos pintados]" vou revelar aqui neste seu poema uma história que me "rezava" minha avozinha nos tempos ainda de criança ela não queria que nos pintássemos/maquilhassemos, se me permite ah, mas desculpe este comentário longuíssimo rsrs:


"E eu,eu que gostava tanto de pinturas…


Era uma vez uma rapariga que gostava muito de se pintar, pintava as unhas de vermelho vivo e os lábios a condizer, ela dava a vida para ter pinturas.
Um dia ela estava na paragem de autocarros toda pintada como gostava e passou por lá um rapaz de fato e gravata a conduzir o seu carro muito fino e parou perguntando se a rapariga queria uma boleia, ao que ela respondeu afirmativamente.
Já no meio do percurso o rapaz parou o carro e disse-lhe que era muito linda, ela ficou muito atrapalhada.
Um pouco mais adiante ele perguntou o seu nome e disse-lhe:
- Sabia que todas as mulheres que se pintam são minhas?
E ela sem hesitar respondeu:
- Credo em Cruz!
Naquele mesmo instante o homem e o carro desapareceram instantaneamente e a rapariga ficou no lugar onde estava, à espera do autocarro.
E quem era aquele rapaz misterioso?
Era o diabo que aparecia a quem se pintava, ou seja nesse tempo as pinturas para muitas mentalidades simbolizavam o diabo.
Esta era mais uma história de tantas que minha avó contava quando eu era ainda pequena.
E eu que gostava tanto de pinturas…tanto que até por vezes apanhava as pétalas das malvas vermelhas que minha avó tinha no fundo do quintal e colava-as com saliva nas unhas para parecerem de verdade…e o tempo que duravam era tão, mas tão ínfimo. "



Funchal 28 de Maio de 2005

Maria Luzia Fronteira

Pena que não ficaram juntos, gosto de final feliz rs, um belo texto meu amigo, parabéns!

eu deparei-me com este belo conto
como sempre desafiando seu genial modo de escrever
Eu gosto muito de conto
fiz alguns que acredito ainda não leu
mas não chega a altura deste que escreveu
Parabéns
Querido Keith
Mexe comigo
tudo que se relaciona a olhos
algo muito particular pra mim....

bjss de Nanda

Gostei muito do seu poema. Um tema bem escolhido. As penas do amor! Os cavalos selvagens também se domam, cuidado com a domadora... abraço e parabéns. Vólena

A Volena tem razão!
Os cavalos mais selvagens tornam-se nos mais dóceis
depois de domados.

Olá meu amigo. Uma história e tanto. Identifico-me com sua escrita e afirmo que esse contexto diz respeito aos encontros e desencontros que estamos sujeitos durante nossa jornada na vida. Gostei imensamente.