Poemas : 

epidemia

 
Vivo num castelo
último andar de uma torre
janela
homens armados com bíblias
praguejam
e tentam alcançar a cidadela
doença
fome
epidemia
bandeiras ensanguentadas
hasteadas do portão principal
têm içadas o perdão
de facto é uma loucura
está tudo bem
até agora.
No alto das colinas
crianças
estão apenas a uma bala de distância
sem abrigo
irão desaparecer.
Abutres ávidos de mantimentos
tentam-se saciar
é o fim.

 
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arresiur
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