Poemas : 

Buchichos do Lizaldo Vieira

 
Buchichos do Lizaldo Vieira
Acorde inquieto
Pensando no que pode acontecer
Com a gente brava e bonita
Do canta galo
Beco dos cocos
E do saco leitão
Se permanecer com tanto paleio
Uns rasgando a seda
Outros cuspindo fogo e brasa
Deixa de lero lero
Vem pra cá que também quero
Não cutuca o diacho com vara curta
Pelo que sabemos
O inferno tá cheio de valentão
Enquanto o céu
Anda pingando de mofino
Na fita do cinema
Tem sempre artista
E bandido
A inteligência sempre vence
Não foi atoa que Davi ganhou pra Golias
O dia sossegou com a noite
E lampião ficou embasbacado por Maria bonita
Vai pra lá coisa ruim
Sai de mim abacaxi
Deixa de tanto chilique
Com olhos abotocados
Cheio de mandinga
Patifaria dos diachos
Se fosse pra ver cara feia
Passa antes na feira do bode
Esse negócio de cara enfezado
Parecendo missa má encomendada
Não vem
Porque que tem
Nem cola
Pra seu veneno
Too é bem vacinado
Rezando o bendito de santos macho
Quer cantar de galo
Beberar
Encher a cara
Manda ver
Só que em outro terreiro
Mais não amola
Chega de trelê-lhe.
Na minha pescaria
Não tem toca fria
E tudo que cai na rede
Nem sempre é peixe
E vê se não engrossa o pescoço
Espinha de piaba
Também engasga gato
Pois pelo que sei
Rodela de porco Pode até parecer
Contudo
Não quer dizer
Que seja tomada
Vê se se manca
Sai de fininho
A gota já encheu o pote
Pra quem não sabe
Lorota da casa de farinha
Acaba sempre no pó
Porquanto
Buchicho bom
Bom inspirado
É sempre aquele
Do quem sabe canta
Solta o verbo
Manda bem o recado
Deixando correr frouxo
O rebolado


Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...

 
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Lizaaldo
 
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