A LIBÉLULA E A GIA
Na roça chamam “lava-a-bunda”
À libélula a roçar n’água.
Voa de fasto, tão fecunda,
Ao pôr ovos ali sem mágoa.
Deixa-os onde a poça deságua
Mas a gia logo os afunda...
À libélula a roçar n’água
Na roça chamam “lava-a-bunda”.
Tão asseada ela... A gia, imunda!
Para os ovos à lâmina-d’água,
Ali, à espreita, gia abunda.
Só esperando roçar n’água
A libélula “lava-a-bunda”.
Betim - 14 02 2015
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.
Propositadamente hermético, mal comparando pessoas e bichos à lembrança de percepções infantis.
RONDÉIS 2014
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