Prosas Poéticas : 

Negro canto

 
 
Saíu meu negro canto

no segredo

de um nome sem eco

com seu sorriso pronto

a contornar meu tédio na

quietude caudalosa

de tanta formosura

como teu sorrido desperto

assim me cerca gentil

abraça e encoberta



O olhar

olha-me então nublado

pisando vago os trilhos

onde demarco gentis harmonias

desenhadas

entre a alma e frenéticos desejos

meus

reclinados na epopeia infinita

que assim na alvura da perfeita manhã

eu liberto em perfeitos silêncios

num aprimorado elogio

a cada soluçar dos ventos

a cada derradeiro adeus no momento



Ali depus então

sedento e ousado

a luz suave que enleva

nossos sonhos

nas asas providentes

de uma esperança navegante

cativa nos enredos da minha poesia

esquecida nos desencontros da vida

que o silêncio vasto enfeita e cicatriza

FC

 
Autor
Frederico
 
Texto
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