Eu sou o poeta, sem poesia incapaz de elevar corações, nem as muitas ardentes paixões, sou o escrevinhador da agonia. Minha alma, meu ser, são turbilhões, revoltando a serena maresia famintos de amor, em anorexia, torturados por males e grilhões.
Tu és a ninfa dos mares imensos, cabelos de oiro-sol chamejante, drapejo em flâmula constante, em corpo de prazeres intensos. Teu olhar procura-me constante, tão meigos, cessando meus lamentos, Tua boca beija-me tormentos, doce, quedando-os, incessante.
Tu, minha amante, que me seduzes nas sempre cálidas madrugadas, entoas poemas e baladas e, ofertando-te, me conduzes. Como és bela, meu amor, fadas o meu destino triste de luzes, e da minha vida essas cruzes destróis, pela infâmia geradas.
Nós, meu amor, de amor tão intenso, doamos a existência eterna numa perfeita osmose terna como éter, fogo e incenso. Somos água retida em cisterna, pura, fresca, de caudal imenso, Somos um belo jardim suspenso; eu relva, tu a bela flor materna.