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Ode a Ti

 
Tags:  amor    paixão  
 
Ode a Ti

Eu sou o poeta, sem poesia
incapaz de elevar corações,
nem as muitas ardentes paixões,
sou o escrevinhador da agonia.
Minha alma, meu ser, são turbilhões,
revoltando a serena maresia
famintos de amor, em anorexia,
torturados por males e grilhões.

Tu és a ninfa dos mares imensos,
cabelos de oiro-sol chamejante,
drapejo em flâmula constante,
em corpo de prazeres intensos.
Teu olhar procura-me constante,
tão meigos, cessando meus lamentos,
Tua boca beija-me tormentos,
doce, quedando-os, incessante.

Tu, minha amante, que me seduzes
nas sempre cálidas madrugadas,
entoas poemas e baladas
e, ofertando-te, me conduzes.
Como és bela, meu amor,
fadas o meu destino triste de luzes,
e da minha vida essas cruzes
destróis, pela infâmia geradas.

Nós, meu amor, de amor tão intenso,
doamos a existência eterna
numa perfeita osmose terna
como éter, fogo e incenso.
Somos água retida em cisterna,
pura, fresca, de caudal imenso,
Somos um belo jardim suspenso;
eu relva, tu a bela flor materna.


Poet@ sem Alm@
João Loureiro


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Lisboa, 17/07/2015.
 
Autor
Poeta.sem.Alma
 
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Enviado por Tópico
Marcyflor
Publicado: 18/07/2015 12:35  Atualizado: 18/07/2015 12:35
Membro de honra
Usuário desde: 13/07/2015
Localidade:
Mensagens: 367
 Re: Ode a Ti
Bom dia caro poeta Pedro!

Uma poema forte,mas cheio de beleza já que o amor perfuma cada verso!

Felicitações,amei!

Obrigada por sua visita!

Paz e luz em sua vida!

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