ALHEAMENTO
Acordo e não me sinto. Não me movo.
Mal me lembro quanto houve: Foi um pulo...
Sim, mergulho no escuro se copulo,
E me arrisco a águas mais rasas de novo.
Ânimo triste pós-coito... Demovo
Os amorosos por amaro ou nulo.
Estou sem forças já: Eu capitulo
Entregando-me à festa d'alheio povo:
--"Boa noite, meu rei" -- Dizem de troça.
Jogaram-me na noite só para cair
E ter à testa alguma estranha bossa.
Dormi dias e noites a seguir,
Vivendo a vida d'outrem ou seu tramo...
Acordo e não me sinto. Não mais amo.
Betim - 09 04 2011
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.
Mais textos
Rss do autor
Estatísticas
Enviar
Imprimir
Criar um pdf
