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Funesto Silêncio

 
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Funesto Silêncio


Um mar de funesto silêncio
brota torvo as tuas palavras
entrecortado com ruído mundano
flutuam, contornam mares imensos.

O meu dolorido coração humano
já não tem o amor de outrora
pego todas as tuas palavras
absorvo em meu silencio
e as jogo fora.

Porém se cale primeiro
para que possa ouvir
assim é no mundo inteiro
ensino-te a viver
ensino-te a partir
eu vou me desprender
deste fardo ligeiro
que me prende a você.

Assim como nas ruas desertas
eu me deixo calado a permanecer
na exata percepção do nada
na total inexistência de você.

Sinto-me agora tão só e triste
por que o portão esta fechado
sem poder entrar a solidão persiste
espremido neste espaço escuro
são cristais de sal neste dilúvio
a inundar o meu futuro.

Agora sou apenas sangue e dor
De um ator manipulador e perverso
sou um grito absurdo de horror
sou um fim obscuro no universo.

Alexandre

 
Autor
montalvan
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