Poemas : 

Vento

 
Open in new window










O rumor do vento,
tão rápido passa;
o que estava morto
brilha na alvorada.

Tal rumor insiste
cheio de incerteza;
seu afã prossegue
por estranha senda.

Vento que é de vida,
vento que é de alma,
cancão e ventura,
ilusão tamanha.

O rumor do vento
que segue chegando
pelo campo imenso
de um mundo sonhado.

* * * *

El rumor del viento,
tan raudo que pasa.
Lo que estaba muerto
luce en la alborada.

Tal rumor insiste,
lleno de incerteza,
y el afán prosigue
por su extraña senda.

Vida de mi vida,
alma de mi alma,
sueño de la dicha,
ilusión tamaña.

Y el rumor del viento
que sigue llegando
por el campo inmenso
de un mundo soñado.


 
Autor
Juanito
Autor
 
Texto
Data
Leituras
801
Favoritos
2
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
29 pontos
9
2
2
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Semente
Publicado: 26/01/2017 11:53  Atualizado: 26/01/2017 11:53
Membro de honra
Usuário desde: 29/08/2009
Localidade: Ribeirão Preto SP Brasil
Mensagens: 8560
 Re: Vento
Uma poesia ao vento, que lindo!
Bom esse vento que passa e dá vida a tudo que toca.
De pensar que o vento é o mesmo que desanuvia, apaga e incendeia.

Gostei da forma como arranjou os versos, em estrofes pequenas, e torna a leitura super agradável.


Lindo dia, Juanito!!


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/01/2017 11:54  Atualizado: 26/01/2017 11:54
 Re: Vento
Ao Vento
O vento passa a rir, torna a passar,
Em gargalhadas ásperas de demente;
E esta minh’alma trágica e doente
Não sabe se há-de rir, se há-de chorar!

Vento de voz tristonha, voz plangente,
Vento que ris de mim sempre a troçar,
Vento que ris do mundo e do amor,
A tua voz tortura toda a gente! ...

Vale-te mais chorar, meu pobre amigo!
Desabafa essa dor a sós comigo,
E não rias assim ! ... Ó vento, chora!

Que eu bem conheço, amigo, esse fadário
Do nosso peito ser como um Calvário,
e a gente andar a rir pla vida fora!! ...

Florbela Espanca


Enviado por Tópico
Angeline
Publicado: 26/01/2017 12:29  Atualizado: 26/01/2017 12:29
Colaborador
Usuário desde: 07/01/2017
Localidade:
Mensagens: 1295
 Re: Vento
Que belo poema, Juanito!
Beijinho meu
Angeline


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/01/2017 12:59  Atualizado: 26/01/2017 17:14
 Re: Vento nervoso ou preso
Nervoso ou preso,

Vento que ris do mundo,
Peculiar e seco, como eu
Quase o insulto, quando
Bato a porta e finjo livre

O riso, parecendo preso
Nos molares que afasto,
Na frente da boca,
Que suposto é rir

Por nada e por tudo,
Vento que do mundo ris,
Porque me ignoras a mim,
Peculiar e seco, segui-te

Assim como um coração
Se segue, quando parte porta-
-Fora e deixa a gente
Com a dor dentro de nós

Sempre, como est'hora
Em que o vento m'empurra,
Desta porta pra fora,
Vento que ri de tudo

E parecendo, me ignora,
Choras entre-dentes,
Nervoso e seco,
Nervoso e preso mentes,

Vento que ris do mundo,
Diz-me porque arrancas
Minh'alma aos bocados,
Nem deixando o pensar

Ao menos, ao menos
Simular calmaria de vento
Preso...



Jorge Santos (01/2017)
http://namastibetpoems.blogspot.com

Enviado por Tópico
Maryjun
Publicado: 27/01/2017 02:02  Atualizado: 27/01/2017 02:02
Membro de honra
Usuário desde: 30/01/2014
Localidade: São Paulo
Mensagens: 7124
 Re: Vento
Boa noite, Juanito,

Parabéns, belíssima construção poética.

Abraço,
Mary Jun