Sonetos : 

A Rosa branca que perdi...

 
Tua ausência tem sido cruel..

A Rosa branca que perdi

À cinco anos, no jardim da vida
colhi uma rosa muito branca e bela
e inebriado no perfume dela
ao amor no meu peito dei guarida.

por uma estrada tão longa e sofrida
a protegi qual velho jardineiro
que por tempo integral, o dia inteiro
rega e poda sua planta mais querida

quando a colhi, fui lépido e ligeiro,
e a pus numa estufa aquecida
pela luz do amor mais verdadeiro.

mas certo dia a vi emuchecida
talvez cansada do velho viveiro,
e saudosa de onde foi nascida.

...... abri a porta e a mandei de volta
à terra de onde a tinha recolhido
e desde então a dor tenho sofrido
na solidão, sem mágoa e sem revolta.


Mestre Egidio

 
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mestre Egidio
 
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Enviado por Tópico
MagnoRobertoAlmeida
Publicado: 17/03/2008 16:46  Atualizado: 17/03/2008 16:46
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 Re: Maninha p/mestre Egidio
Caro poeta,

minutos atrás comentei um texto da poetisa Ana Alves (OLÁ PAI) que versa sobre o mesmo tema. Parabenizo a grandeza da sua alma quando diz:

"...... abri a porta e a mandei de volta
à terra de onde a tinha recolhido
e desde então a dor tenho sofrido
na solidão, sem mágoa e sem revolta".


Sem querer ser repetitivo, tomo a liberdade de gravar em sua escivaninha um pensamento psicografado e atribuido ao espírito de Vitor Hugo, que talvez seja do seu conhecimento:

"A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas. Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada. Um dia partimos do mundo espiritual na direção do mundo fisico; noutro partimos daqui para o espiritual, num constante ir e vir, como viajores da imortalidade que somos todos nós".

Abraços e antecipadas desculpas caso o meu comentário não esteja em consonância com as suas crenças.

Enviado por Tópico
Zélia Nicolodi
Publicado: 17/03/2008 20:35  Atualizado: 17/03/2008 20:35
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 Re: Maninha
Ausências são sempre tristes...
Cantastes bem a tua tristeza, poeta!
Beijos de carinho...